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Como Planejar um LEX (Learning Experience) de Verdade




Vai além do conteúdo: crie experiências de aprendizagem memoráveis com foco total no contexto e no aluno.


Você já teve a sensação de que, mesmo com bons conteúdos e recursos, um curso não teve o impacto esperado? Isso acontece porque aprender vai muito além de consumir informação. Aprender é viver uma experiência.


No Design Instrucional, o conceito de Learning Experience (LEX) representa essa virada: deixar de pensar apenas em entregáveis pedagógicos e começar a planejar experiências significativas, centradas no aluno e no contexto real de aplicação.

Neste artigo, você vai aprender como estruturar um LEX de verdade — do diagnóstico à entrega — com intencionalidade, empatia e foco em resultados.


O que é um LEX (Learning Experience)?


Um Learning Experience é uma jornada de aprendizagem planejada com foco na vivência do aluno, considerando seus objetivos, desafios, emoções e contexto de atuação. Mais do que conteúdo, um LEX entrega engajamento, conexão, propósito e ação.


LEX não é formato. É mentalidade. Pode estar presente em um curso online, uma imersão presencial, um workshop, uma trilha híbrida, uma sequência de pílulas ou um desafio gamificado. O ponto em comum? O foco está no aluno como protagonista da própria aprendizagem.


5 Etapas para Planejar um LEX de Verdade


1. Entenda o contexto com profundidade


Antes de pensar em conteúdos ou atividades, mergulhe no cenário real do seu público. Quais são seus desafios? Que dores enfrentam no dia a dia? O que está em jogo na prática?


Ferramentas úteis: entrevistas, mapas de empatia, shadowing, análise de indicadores da área, jornadas do colaborador.


2. Defina a transformação desejada


Todo LEX nasce de uma pergunta: o que queremos que o aluno seja capaz de fazer ao final da experiência?


Pense em termos de mudança de comportamento, tomada de decisão, solução de problemas, aplicação de habilidades. Quanto mais claro o objetivo, mais relevante a jornada.


3. Escolha formatos que se conectam ao perfil do público


Não se trata de usar o que está na moda, mas o que faz sentido para quem aprende. Vídeos, desafios, simulações, podcasts, fóruns, jornadas gamificadas… tudo depende do contexto e da viabilidade.


Dica: combine formatos para manter o engajamento e respeitar estilos de aprendizagem diferentes.


4. Pense em emoções e momentos-chave da jornada


Todo LEX precisa provocar sensações: surpresa, conexão, curiosidade, superação. Planeje a experiência considerando os pontos altos (wow moments), os desafios (pontos de virada) e os momentos de pausa e reflexão.


Exemplo: comece com uma provocação, leve o aluno a se confrontar com um dilema, e depois o conduza para uma descoberta com aplicação prática.


5. Inclua momentos de aplicação no mundo real


Experiências inesquecíveis acontecem quando o que se aprende faz diferença no trabalho. Traga o dia a dia para dentro da jornada.


Como aplicar: missões no trabalho, desafios reais, planos de ação, compartilhamento com pares, coaching de aplicação.


Objetivo: transformar conhecimento em comportamento, e comportamento em resultado.


Conclusão


Planejar um LEX de verdade é mais do que montar um curso bonito. É desenhar uma jornada transformadora, onde cada etapa tem intenção, propósito e conexão com a realidade do aluno.


O LEX começa na escuta, passa pela empatia e termina na ação. Comece por entender quem aprende, desenhe com o usuário em mente e avalie pelo impacto — não pela entrega.


IDI – Instituto de Desenho Instrucional


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