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Do Analógico ao Digital: a Vez da Educação no Formato Online


A educação formal esta migrando do presencial para o online. Como o mundo mudou o formato e as instruções e o que podemos aprender com isso?


Escolas foram fechadas - algumas por algumas semanas e outras por tempo indeterminado. Como resultado disso, existe um esforço (forçado às pressas), de transformação das escolas tradicionais para escolas virtuais a uma velocidade vertiginosa.

Como o aprendizado online do ensino fundamental e médio está sendo realizado nestas instituções? Que problemas as escolas, estudantes e professores enfrentam nessa corrida louca imposta por vírus, do aprendizado offline para o online durante a pandemia e como encarar essa nova realidade.


Como as escolas estão respondendo?

Se você fizesse essa pergunta para qualquer número de sistemas educacionais mais centralizados em todo o mundo, a resposta seria simples e direta: "x"país está fazendo x coisa."

No vasto, desigual e descentralizado plano de políticas e programas que é o sistema educacional do ensino fundamental e médio, a mesma pergunta gera um conjunto de respostas muito mais complexo. Sim, parece que a maioria dos estados se dedicou em algum grau ao aprendizado on-line nesta últimas semanas.


No entanto, as definições do que constitui o aprendizado “online” variam entre os estados e dentro deles. Por exemplo, aqui no Paraná, o aprendizado online não é uma abordagem, mas um caleidoscópio de diferentes atividades baseadas na Internet, nas quais o foco, a dosagem, o mecanismo de entrega e o grau de interação da experiência online tem sido feitas através de plataformas do google classroom e a tv aberta do Estado para mais de 1 milhão de alunos. Meu exame observacional e não científico do "aprendizado on-line" daqui revela uma colcha de retalhos de tecnologias onine entre escolas públicas a privadas para alcançar os alunos. Virou um destastre. Mas o Brasil não é o Paraná.

A pandemia revela uma enorme desigualdade de acesso e fluência digital. Abriu um enorme penhasco entre a comunidade próspera com filhos cada qual com seu computador e a massa desvalida de alunos, muitos deles inteligentíssimos, sem acesso à infraestura básica.

Vamos às questões:


Distritos / escolas que usam o que consideramos aprendizado on-line “tradicional” - as aulas acontecem por meio de um Sistema de gerenciamento de aprendizado (google classrom, Moodle, Blackboard, Canvas com ou sem uma plataforma integrada de conferência na Web, como Blackboard Collaborate ou Zoom) ou TVs abertas do Estado.

-> Conferência na Web


Distritos / escolas que usam instruções síncronas "baseadas na face" por meio de uma plataforma de webinar, como o Zoom. Escolas públicas liberou-se o acesso às redes sociais e uso de aplicativos de comunicação como telegrama e whatsApp.


Distritos / escolas em que a vida continua como antes do fechamento da escola porque as instruções já estavam combinadas e o aprendizado on-line foi incorporado ao sistema por meio de plataformas como Google Classroom, Moodle ou outras ferramentas "como a sala de aula virtual” TV aberta.

-> Aprendizagem individualizada com recursos curriculares

Distritos / escolas que carregam recursos curriculares e materiais instrucionais (por exemplo, vídeos de professores) em um portal ou canal do YouTube ou enviam recursos por e-mail para estudantes que concluem essas atividades, “fazendo-os” on-line ou enviando produtos digitais para seus professores por e-mail.

-> Trabalho offline com entrega online

Distritos / escolas pedindo aos alunos que façam suas tarefas baseadas em livros e apostilas e enviem fotos de trabalhos em papel ou transfiram para documentos do Word e as enviem para seus professores por e-mail.

-> Aprendizagem individualizada com conteúdo fornecido externamente


Distritos / escolas que enviam listas de reprodução (vídeos específicos do YouTube) para aulas interativas com os alunos e pedem para assistir e assimilar como "enriquecimento".


-> Ferramentas de comunicação para instrução


Distritos / escolas que usam plataformas de aprendizado social, aplicativos Skype, Zoom para check-ins, compartilhamento e instrução.

-> Formas integradas e diferenciadas de aprendizado online

Instruções baseadas em impressão.


Até antes do evento da pandemia, escolas não usavam quase nenhuma das abordagens acima, enviavam estudantes para casa com pacotes/manuais de estudos online regulares. E agora o que vemos? Um esforço lindo de tornar a educação realmente acessível. A todos e em qualquer lugar.

Qual a impressão que temos disso no futuro próximo? Que não apenas haverá a adoção do formato online como não haverá desculpa para não ter tido acesso a educação. E arrisco dizer que de qualidade. Porque certamente o trabalho feito nestes dias de desespero e correia não será inutilizado mas constantemente transformado à algo melhor. Melhorado no dia-a-dia para uma futura eventualidade.

O desempenho dos estados e escolas na corrida louca para a escola online depende da disponibilidade de recursos, políticas, infraestrutura tecnológica e capital humano. Muitas regiões têm políticas de tecnologia atualizadas, e algumas até têm políticas de emergência, programas em que alunos levam seus dispositivos para sala de aula, serviços baseados na nuvem e professores que já sabem ensinar online.


21 estados do Brasil possuem escolas online. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até 2017, cerca de 75% dos lares brasileiros contavam com acesso a internet. Na área urbana, esse percentual é de cerca de 80% e, na rural, é menor, cerca de 40%. A principal forma de acesso é pelo celular. Em todo o país, 97% das pessoas acessavam a internet pelo celular, enquanto 57%, por computador. Trabalhar com educação a distância vai pedir criatividade e o uso de exercícios que possam ser feitos por computadores, celulares. A TV aberta também vai ser grande aliada nesse momento.

Um dos mitos mais comuns promovidos na educação é o de crianças como "nativos digitais", o que levou muitos distritos a eliminar aulas de treinamento em tecnologia e teclado.


No entanto, muitos não possuem infraestrutura, financiamento e políticas para apoiar o ensino online e estão lutando com todos esses problemas em tempo real no meio dessa pandemia.


De fato, muitas dessas regiões com grandes concentrações de estudantes baixa renda, estudantes com necessidades especiais, de distritos rurais - lutam offline, na melhor das hipóteses, com acesso a tecnologia, instrução eqüitativa e de qualidade, prestação de serviços, alta rotatividade de professores e um número suficiente de professores qualificados. O objetivo, de acordo com as entidades, é elaborar e oferecer, gratuitamente, metodologias e materiais práticos para uso das Secretarias de Educação, que considerem as especificidades e a realidade de cada lugar. Até esta quinta-feira (26), eles coletam dados das redes por meio de uma pesquisa online.


No Brasil, há suspensão de aulas em todos os estados. Os gestores educacionais, em nota pública, defendem a manutenção da suspensão das aulas. “Precisamos garantir o direito à vida, para termos um processo educativo com vidas saudáveis no futuro”, diz o documento.


A medida não é exclusiva do Brasil, no mundo, de acordo com os últimos dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que monitora os impactos da pandemia na educação, 156 países determinaram o fechamento de escolas e universidades, afetando 1,4 bilhão de crianças e jovens, o que corresponde a 82,5% de todos os estudantes no mundo.


Por hora o nosso papel é garantir que o futuro, enquanto não chega, que em um próximo evento que obrigue as instituições fechar suas portas, ou alunos impossibilitados de irem às escolas por motivos de saúde ou segurança, continuem sua formação. Afinal a educação deve vir em primeiro lugar no Brasil. Essa é uma oportunidade única.


IDI - Instituto de Desenho Instrucional


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