O ambiente educacional contemporâneo está em constante metamorfose, demandando abordagens inovadoras que transcendam paradigmas tradicionais. Este artigo propõe uma profunda exploração da heutagogia, centrada na aprendizagem autodirigida, e do modelo 70-20-10, que realça a importância de experiências práticas e interações sociais. Destacaremos a interseção destes conceitos e, crucialmente, como o designer instrucional pode navegar por essas águas para criar ambientes de aprendizado estimulantes, adaptáveis e alinhados às demandas educacionais contemporâneas.
Heutagogia: Rompendo Fronteiras Educacionais:
A heutagogia, originária do grego "auto" e "condução", revoluciona o papel do aprendiz e seu envolvimento ativo no processo educacional. Mais do que uma simples mudança de paradigma, a heutagogia é uma filosofia que coloca o aprendiz no leme de sua própria jornada de aprendizado, destacando a importância da autodireção, autorregulação e responsabilidade. Para o designer instrucional, isso implica na criação de ambientes flexíveis e na oferta de suporte necessário para catalisar a autonomia do aprendiz.
Modelo 70-20-10: Uma Tapeçaria de Aprendizagem Holística:
O modelo 70-20-10, concebido por McCall, Lombardo e Eichinger, propõe uma distribuição de aprendizado: 70% proveniente de experiências práticas, 20% de interação social e 10% de aprendizado formal. Este modelo reconhece que o aprendizado se estende além das paredes da sala de aula, valorizando a experiência no trabalho e a colaboração. O designer instrucional, ao incorporar essa filosofia, pode criar estratégias educacionais que alavancam as oportunidades ricas em aprendizado prático e social.
A Sinfonia da Heutagogia e Modelo 70-20-10:
A convergência dessas abordagens educacionais não é apenas conceitual; é uma sinergia que amplifica o potencial de aprendizado. Ambas reconhecem a preeminência da experiência prática e das interações sociais. A heutagogia enfatiza a autonomia, enquanto o modelo 70-20-10 oferece um quadro estruturado para integrar a aprendizagem na vida cotidiana. O designer instrucional, ao incorporar essa sinergia, se torna um arquiteto de ambientes educacionais que nutrem a autodireção e integram o aprendizado na jornada diária do aprendiz.
Estratégias para Implementação:
Para incorporar efetivamente essa abordagem sinérgica, o designer instrucional pode:
Desenvolver Ambientes Flexíveis: Plataformas educacionais online devem ser desenhadas para encorajar a exploração autodirigida, proporcionando recursos ricos e flexibilidade estrutural.
Construir Atividades Práticas e Contextualizadas: Criar experiências práticas que replicam desafios do mundo real, conectando diretamente o aprendizado ao trabalho diário do aluno.
Fomentar Interações Sociais Significativas: Facilitar discussões, fóruns e comunidades de prática para promover colaboração e compartilhamento de conhecimento entre os aprendizes.
Conclusão:
Ao abraçar a simbiose de heutagogia e o modelo 70-20-10, o designer instrucional se torna um catalisador da transformação educacional. Este não é apenas um ajuste técnico, mas uma revolução na concepção da aprendizagem. À medida que enfrentamos um futuro educacional desafiador, a fusão desses conceitos emerge como um farol orientador, iluminando o caminho para a criação de experiências educacionais que transcendem as expectativas, capacitando os aprendizes não apenas a absorverem informações, mas a se tornarem agentes ativos de sua própria evolução educacional e profissional.
IDI Instituto de Desenho Instrucional
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