Este artigo discute a aprendizagem experiencial para treinamento e como utilizá-la em seus programas de T&D para dar uma vantagem à sua organização.
Por que a aprendizagem experiencial é o caminho a seguir
Para muitos de nós, muito antes dos manuais de treinamento e das apostilas em PowerPoint, aprendíamos principalmente com o que vivíamos a cada dia: ou seja, com nossas experiências.
O Modelo de Aprendizagem 70:20:10
De acordo com uma diretriz baseada em pesquisa e testada ao longo do tempo, as pessoas tendem a aprender de forma eficaz nas seguintes proporções:
70% através da experiência, experimento e reflexão
20% de interações sociais e trabalho com outras pessoas
10% de intervenções formais, como programas de treinamento em sala de aula
Uma estrutura simples para projetar a aprendizagem experiencial
Então, o que é exatamente "aprendizagem experiencial"? Simplificando, é um processo de aprendizagem em que o aluno aprende fazendo. Isso, no entanto, não significa que jogamos as pessoas no fundo do poço e esperamos que elas descubram as coisas. Isso não é aprendizado experimental; isso é apenas uma experiência ruim! Em vez disso, precisamos projetar o aprendizado para ajudar as pessoas a tirar o máximo proveito de sua experiência. Usando o ciclo de aprendizagem experiencial de Kolb como estrutura, podemos dividir o projeto de aprendizagem experiencial para treinamento em quatro partes:
Experiência concreta A chave é estimular o processo de aprendizagem, certificando-se de que o aluno vivencie algo pessoalmente. A experiência dá o pontapé inicial na descoberta de um tópico específico pela pessoa. Isso contrasta com o envolvimento individual com o tópico à distância, como apenas ler ou ouvir.
Observação reflexiva O aluno pega uma lupa para examinar o que ele passou. A pergunta que o indivíduo procura responder nesta fase não é "por que", mas "o que" e "como". O que estava passando pela minha cabeça? O que eu estava pensando e sentindo? Como isso seria diferente do que eu experimentei anteriormente?
Conceitualização abstrata O aluno é orientado a usar a lógica para raciocinar, explicar ou tirar conclusões sobre suas reflexões. A questão central a ser abordada é: por que é assim? Os indivíduos desenvolveriam hipóteses, conceitos e até estruturas que eles acham que poderiam ser aplicadas em situações semelhantes.
Experimentação ativa O aluno deve então ser encorajado a dar o próximo passo natural, que é testar o que aprendeu. Eles tentam aplicar seu aprendizado em outros cenários e a ideia é fazer com que o aprendiz assuma riscos e tente resolver problemas com o que aprendeu.
Por que a aprendizagem experiencial é o caminho a seguir
Há uma série de vantagens que acompanham o uso da aprendizagem experiencial para treinamento:
Incentiva a orientação para a ação A aprendizagem experiencial é uma forma ativa de aprendizagem. Há muito o que fazer e testar. Isso é crucial em um ambiente corporativo, onde resultados e melhoria contínua importam muito mais do que ideias. É também uma parte essencial da promoção da inovação.
A adaptabilidade torna-se uma segunda natureza. Os alunos repetem continuamente e obtêm feedback acionável por meio da aprendizagem experiencial. Esta é precisamente a habilidade necessária para lidar com problemas novos e desconhecidos onde não há soluções conhecidas. Cada vez mais, essa é uma habilidade crítica para o local de trabalho devido ao ritmo acelerado das mudanças trazidas pela tecnologia, bem como às crescentes incertezas do mercado.
A retenção do aprendizado é superior Hermann Ebbinghaus, um psicólogo alemão que pesquisou a memória, descobriu que os seres humanos esquecem a maior parte do que aprendem logo depois de aprenderem. Ao envolver os alunos em atividades, a aprendizagem experiencial torna o aprendizado mais envolvente e reforça novos conhecimentos e percepções, tornando assim os alunos menos propensos a serem vítimas da curva do esquecimento.
4 exemplos de como a aprendizagem experiencial pode ser aplicada ao treinamento
1. Simulações em Marketing Digital
O mundo do marketing digital está evoluindo a uma velocidade vertiginosa, com novas plataformas brotando como cogumelos na rede mundial de computadores. Aprender a navegar e aplicar essas ferramentas pode ser esmagador. No entanto, usando simulações de aprendizado experiencial, os alunos podem atuar como gerentes de marketing e experimentar a escolha das ferramentas e canais de marketing digital apropriados em sua simulação. Os alunos podem planejar suas estratégias e considerar como gerenciar as restrições do mundo real, como um orçamento fixo e KPIs. Isso ajuda os alunos a experimentar em um ambiente seguro e a criar confiança para aplicar seus conhecimentos no mundo real.
2. Cenários de Ramificação em Conformidade
A conformidade às vezes é vista como chata ou como um exercício simplista de marcação de caixas. Mas, na realidade, há muitas nuances para entender e aderir a regras e regulamentos. Na maioria das vezes, a coisa certa a fazer depende da situação específica. Usando cenários de ramificação, os funcionários podem experimentar uma série de opções para ajudá-los a internalizar os problemas de conformidade em um nível mais intuitivo. Os cenários também podem incorporar opções relacionadas a ações corretivas no caso de violações de conformidade. Isso não apenas ajuda os funcionários a saber como fazer as escolhas certas e entender as consequências de suas ações, mas também torna o aprendizado mais interessante!
3. Interpretação de papéis no atendimento ao cliente
Mais do que nunca, ser centrado no cliente é visto como necessário para a sobrevivência dos negócios. A aplicação da aprendizagem experiencial pode ser impactante para ajudar a antecipar e atender às expectativas do cliente. Vários cenários podem ser projetados, desde uma simples consulta até um produto com defeito ou um serviço inferior, com elementos de dramatização para que os alunos experimentem ser clientes ou agentes de atendimento ao cliente. Isso aprofunda as habilidades dos alunos para se colocarem no lugar de um cliente confuso, zangado ou frustrado e para antecipar melhor suas necessidades em futuras situações do mundo real. A aprendizagem experiencial para treinamento dessa maneira é útil não apenas para os funcionários que lidam com o cliente, mas também para os funcionários que estão construindo os produtos para os clientes.
4. Realidade Virtual na Manufatura
Pode ser difícil imaginar "aprender fazendo" em ambientes como a manufatura, onde cometer erros pode custar caro. Esse desafio é agravado, pois os métodos e processos de fabricação evoluem continuamente para adotar novas tecnologias que os funcionários precisam aprender. Mas através do uso da Realidade Virtual (VR), os alunos podem treinar para executar processos complexos em primeira mão e quaisquer "erros caros" - por exemplo, interromper um processo crítico ou violar regulamentos de segurança - podem ser cometidos em um ambiente virtual sem riscos. Ao mesmo tempo, permitir que os funcionários experimentem vários cenários usando VR também permitiria que eles ganhassem experiência, o que, de outra forma, levaria muito mais tempo.
Conclusão
O eLearning personalizado que utiliza o aprendizado experiencial é a base para qualquer programa de aprendizado e desenvolvimento bem-sucedido. Ele cria indivíduos e equipes muito mais hábeis em resolver problemas complexos. Também torna os alunos confortáveis para gerenciar e tomar decisões sob incerteza, ajudando-os a crescer ao longo do caminho.
IDI Instituto de Desenho Instrucional
#DesenhoInstrucional #DesignInstrucional #EducaçãoCorporativa #TreinamentoEDesenvolvimento #AprendizagemCorporativa #MetodologiasAtivas #EducaçãoADistância #Gamificação #ObjetivosDeAprendizagem #EnsinoHíbrido #AprendizagemPersonalizada #ExperiênciaDoUsuário #UXEducação #AprendizagemBaseadaEmProblemas #Andragogia #PedagogiaEmpresarial #DesignThinkingEducação #TecnologiaNaEducação #EducaçãoDigital #MateriaisDidáticos #AvaliaçãoDeAprendizagem #EstratégiasDeAprendizagem
Comments