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Mapeamento de Competências: O Começo de Todo Bom Curso


Quer criar um curso que muda o comportamento? Comece pelas competências certas. Te ensino como mapear.


Antes de pensar em conteúdo, formato ou plataforma, há uma pergunta essencial no design instrucional: “Quais competências este curso precisa desenvolver?”

Cursos verdadeiramente eficazes começam pelo mapeamento correto das competências. Sem isso, corremos o risco de oferecer informações irrelevantes, conteúdos desconectados da prática e, pior, cursos que não geram transformação.


Neste artigo, você vai aprender um passo a passo simples e direto para mapear competências e criar formações mais assertivas e estratégicas.


O que são competências?


Segundo a definição clássica de Le Boterf, competência é a capacidade de mobilizar conhecimentos, habilidades e atitudes para resolver problemas reais em contextos específicos.


Ou seja:


  • Conhecimento (saber): teoria, conceitos, informações

  • Habilidade (saber fazer): prática, técnica, execução

  • Atitude (querer fazer): postura, valores, comportamento


Um bom curso deve considerar esses três pilares. Só assim a aprendizagem se converte em mudança de comportamento.


Por que mapear competências antes de criar o curso?

  • Garante foco no resultado

  • Evita excesso de conteúdo irrelevante

  • Facilita o alinhamento com a liderança

  • Conecta o curso com os desafios reais da função

  • Cria critérios claros para avaliação da aprendizagem


Em resumo: o mapeamento é o que transforma um curso “legal” em uma formação de impacto.


Passo a passo para mapear competências


1. Entenda o contexto da área


Converse com líderes, analise indicadores e entenda os desafios reais enfrentados pelos colaboradores.


Ferramenta útil: entrevistas, análise de performance, reuniões de alinhamento com RH e gestão


2. Observe comportamentos desejados


Quais comportamentos você espera ver após o curso? Como a pessoa vai agir de forma diferente?


Dica: pense em situações do dia a dia. Ex: “lidar com objeções do cliente” ou “fazer uma reunião produtiva”.


3. Liste os conhecimentos, habilidades e atitudes (CHA)


Para cada comportamento desejado, identifique:


  • O que o colaborador precisa saber?

  • O que ele precisa saber fazer?

  • Como ele precisa agir?


Exemplo:


  • Curso: Comunicação Não Violenta

  • Comportamento desejado: dar feedback sem gerar conflito

  • CHA:

    • Conhecimento: princípios da CNV

    • Habilidade: estruturar uma conversa difícil

    • Atitude: empatia, escuta ativa


4. Valide com os stakeholders


Leve sua proposta para os gestores da área. Valide se as competências mapeadas fazem sentido na prática.


Ferramenta útil: reuniões de cocriação, formulário de validação, canvas de competências


5. Use o mapeamento como base para todo o curso


Agora sim, comece a estruturar o curso. Use as competências como norte para definir:


  • Conteúdos

  • Metodologias

  • Avaliações

  • Atividades práticas


Essa é a essência de um curso realmente estratégico.


Conclusão


Cursos eficazes não nascem do improviso. Eles começam com intenção — e o ponto de partida está nas competências.


Ao mapear com clareza o que precisa ser desenvolvido, você cria formações relevantes, alinhadas ao negócio e que, de fato, geram transformação.


Comece pelo comportamento. Construa pelo propósito. E entregue cursos que fazem a diferença.


IDI Instituto de Desenho Instrucional


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