O aprendizado profundo refere-se à capacidade de um sistema de IA melhorar por conta própria sem programação explícita. No entanto, o aprendizado profundo não pode ser aplicado por humanos. Eles utilizam a mente consciente para aprender conhecimento, ou a mente subconsciente para treinar habilidades. A autoaprendizagem é o caminho futuro da humanidade.
A revolução da autoaprendizagem é o nosso futuro
Em seu notável artigo , o Dr. Tassos Anastasiades escreve: "O aprendizado profundo nunca foi tão importante! O futuro requer aprendizado profundo." Aprendizagem profunda e autoaprendizagem são frequentemente usados de forma intercambiável para se referir à capacidade de uma máquina ou sistema de Inteligência Artificial (IA) de aprender e melhorar por conta própria, sem programação explícita. Os humanos podem usar técnicas de aprendizado profundo para analisar padrões em grandes conjuntos de dados e identificar tendências ou insights que podem não ser imediatamente óbvios para um observador.
O Futuro Requer Aprendizado Profundo
Dr. Tassos acredita que a aprendizagem mais profunda acontece quando os alunos se envolvem em leitura ativa, compreensão de leitura, pensamento certo/errado, reescrita e criação de significado que possam transferir. Essa crença é baseada na definição de aprendizado profundo como a capacidade de aprender a aprender, conhecer a si mesmo e se preocupar com os outros e com o meio ambiente. Essa definição soa vazia, pois precisa ser mais informativa sobre o que o termo significa e o que faz.
Os seres humanos não podem usar o aprendizado profundo
O aprendizado profundo é um recurso de aprendizado de máquina e sistemas de IA. Os humanos não podem usar o aprendizado profundo da mesma forma que os computadores, porque os cérebros humanos funcionam de maneira diferente e não têm os mesmos recursos dos modelos de aprendizado profundo. Sempre que falamos de aprendizagem, precisamos especificar se estamos falando de aprendizagem consciente (buscando novas informações como conhecimento) ou treinamento subconsciente de novas habilidades (através da repetição ou exposição a novas situações). A aprendizagem consciente refere-se ao esforço deliberado e consciente para aprender, compreender e reter novas informações. Em contraste, o treinamento subconsciente refere-se à aquisição de habilidades ou conhecimento por meio de repetição e exposição, sem percepção consciente.
Dois Tipos de Aprendizagem
Para acomodar esses dois tipos de aprendizado, nossa mente usa dois sistemas diferentes: a mente consciente e a mente subconsciente, que possuem mecanismos e velocidades de processamento diferentes. Infelizmente, muitas vezes aplicamos a mente consciente para adquirir habilidades em vez da mente subconsciente. Por exemplo, os adultos tentam conscientemente adquirir habilidades em um segundo idioma e demonstram taxas de sucesso historicamente baixas, porque as habilidades linguísticas devem ser adquiridas subconscientemente.
Estruturas para aprendizado profundo são baseadas no aprendizado da era industrial
Quando consideramos as estruturas nas quais o aprendizado profundo foi estabelecido, entendemos por que os humanos não podem usá-lo diretamente. Cambridge, British Curriculum, Common Core Standards e International Baccalaureate (IB) frameworks são as estruturas de orientação sobrepostas para deep learning. Vamos aplicar o pensamento crítico a essas estruturas.
O Currículo Britânico evoluiu, com o primeiro currículo nacional sendo introduzido em 1988. O Common Core State Standards (CCSS), publicado em 2010, exemplifica uma visão geral federal. É o resultado de uma iniciativa liderada pelo estado para estabelecer padrões claros e consistentes para o que os alunos devem saber e ser capazes de fazer em língua inglesa, artes e matemática. A estrutura do IB enfatiza o pensamento crítico, a compreensão intercultural e a responsabilidade pessoal. O International Baccalaureate foi fundado em 1968. Hoje, o IB é oferecido em mais de 150 países em todo o mundo e é reconhecido como um programa educacional desafiador e de alta qualidade.
Infelizmente, as estruturas acima são baseadas em métodos de aprendizado da Era Industrial e, historicamente, têm mostrado resultados ruins. É por isso que o aprendizado profundo não deve ser considerado a principal ferramenta para melhorar a educação. A maioria das escolas em todo o mundo é centrada no professor e orientada pelo currículo, tudo para passar nos exames. Deep Learning reforça esse paradigma! Não faz nada para contrariar a tendência das escolas de serem como robôs, graduando ou reprovando alunos como se fossem automóveis em uma linha de montagem.
Pontuações nacionais de matemática e leitura atingem mínimos históricos
De acordo com a Avaliação Nacional do Progresso Educacional, quase duas décadas de progresso se foram: as pontuações nacionais de matemática e leitura atingiram mínimos históricos [1]. Na rodada mais recente de testes do PISA realizada em 2018, os Estados Unidos ficaram em décimo terceiro lugar em leitura, vigésimo terceiro em matemática e nono em ciências entre os 79 países e economias participantes.
Antes de considerarmos o segundo conceito do nosso título, "autoaprendizagem", quero enfatizar que o significado de uma palavra depende do contexto. A mesma palavra em vários contextos geralmente adquire significados totalmente diferentes. Por exemplo, a autoaprendizagem aplicada a um sistema significa aprendizagem profunda. A autoaprendizagem aplicada ao ser humano incorpora características que mudam completamente o paradigma da aprendizagem.
Definição de autoaprendizagem
Vamos começar com a definição de autoaprendizagem, termo cunhado pela Dra. Jeannette J. Vos em sua série de livros sobre a revolução da autoaprendizagem: "Autoaprendizagem significa aprendizagem autodirigida e autêntica, autocapacitação personalizada para cada aprendente. Os autodidatas criam significado e se libertam para aprender de sua maneira única, em seu próprio tempo." O ensino tradicional, voltado para o nível consciente, pode ser tedioso. O ensino por meio da autoaprendizagem é voltado tanto para a mente consciente quanto para a subconsciente.
Professores como treinadores, facilitadores e mentores
Os professores tornam-se recursos como treinadores, facilitadores e mentores. Os livros, sempre úteis como recurso através de práticas de autoaprendizagem, tornam-se algo para experimentar, não apenas para ler! Os alunos podem aprender rápida e facilmente se o sistema educacional os encorajar a manter a capacidade de autoaprendizagem que tinham quando crianças.
A autoaprendizagem cria novas mentalidades
A diferença entre um aluno comum e um autodidata está em suas mentalidades. Mesmo com todos os bons hábitos e ferramentas de aprendizado do mundo, sem uma mentalidade que o leve adiante, você se vê correndo sem parar e indo a lugar nenhum, como um esquilo em uma roda de corrida. Os professores precisam fazer mais facilitação e treinamento do que ensino direcionado. Eles precisam fornecer projetos, usando ferramentas de autoaprendizagem que estimulem a aprendizagem ao longo da vida. A maioria dos professores assume que os alunos aprendem porque os professores ensinam. Em uma sala de aula de autoaprendizagem, os alunos ensinam a si mesmos. O objetivo é aprender a aprender e pensar por si, transformando a vida dos alunos!
A maioria dos professores tradicionais só faz perguntas depois de uma palestra. Os professores em salas de aula de autoaprendizagem fazem perguntas antes e depois da palestra. Os alunos discutem as perguntas antes que o professor forneça as respostas. Dessa forma, o professor inspira a curiosidade, a criatividade, a automotivação e a autogestão dos alunos. Em outras palavras, é assim que os alunos encontram sua capacidade inata de autoaprendizagem e ferramentas para mudar sua mentalidade. Na educação, esta é a primeira vez que os seres humanos podem fazer uma diferença positiva, criando realidade de acordo com sua visão de futuro e desempenhando um papel ativo nela.
IDI Instituto de Desenho Instrucional
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